domingo, 22 de julho de 2012

fotografia


vou sonhar de novo
fecho as gavetas
tranco as portas
cubro as janelas
com cortinas pretas
mas não posso ignorar
o terremoto vulcânico
do meu espírito

vou sonhar

ao que ainda parece
fora do tempo
a distância agradece
o sentido histórico
que parado no tempo
escondido num quarto
vê o poeta
rezar uma prece
revelar seus medos
se entregar ao sistema
desintegrar seu dilema

ao que ainda parece
dentro do quarto
a distância silenciosa
disparada num sorriso
expira seus dedos
em movimentos históricos
e beijos sem medos...
mesmo por quê
é só aparência

 (paixão) 
Poderia inventá-la

Criar uma sombra
                     sem a luz

Caberia tentar...

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