sábado, 14 de julho de 2012

segunda pessoa do singular


teu pescoço vermelho
Teu rosto azulado
a boca amarela
os pêlos castanhos
Teus olhos de pêra
as unhas sem cor
teu amor de terra-roxa
tuas coxas enlouquecem
tuas pernas bronzeadas
teu respirar em cor de manhã
o amanhã cor de pescoço rosa
tua pele enlouquecida

Que bom senso esse teu
de amar aos gritos
como se fossem dor
que só dói na lembrança?

Que bom senso é esse teu
de querer amar
como se o amor fosse meu?

não há donos
não há danos


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