era
o nosso corpo sambando na solidão de nossa pele pagã
era
o nosso verso contagiando as leis naturais do universo insano
era
o primeiro dia da primavera pulando pela janela que ardia
era
o medo de errar consertando a distância entre correr e amar
era
o segredo do ar dentro do corpo sagrado
um
agrado beijar o arado e teu sangue escorrendo de mar
cultivei
na lavoura da vida sementes de luz e
soprei
em teu ventre vitrolas tocando buarque beethoven e luar que
era
nosso corpo sambando sozinho
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