quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

imagem é tudo

centenas de milhares.
em histeria coletiva total... querendo, tentando alcançar e tocar o caixão do "querido líder".
algo mais impressionante do que as cenas dos argentinos chorando a morte dos perón.
algo melhor ensaiado do que as produções hollywoodianas.
ou será que é tudo verdade?

não tem mesmo como saber. a transmissão é da tv oficial. (veja este vídeo do youtube)
a coreia do norte é uma ditadura há décadas -absolutamente fechada ao mundo - e a lavagem cerebral é do nível de khadafi-gaddafi-kadhaffi na era líbia anos 80.
mas se for verdade, não deixa de ser curioso que um povo adore - fanaticamente - seu ditador. eu digo isso de um senhor que propositadamente isolou e atrasou seu país em relação ao resto do mundo. nada a ver com os cubanos. lá, eles realmente tiveram ganhos na saúde, educação e esportes. e realmente - muitos deles - acham fidel um herói revolucionário. já no caso do Kim Jong-il, ele desenvolveu armas nucleares, estimulou a tensão com o vizinho coreia do sul, deu prosseguimento a dinastia que herdou do pai (fidel não criou herdeiros para cuba). é verdade que a coreia do norte é um dos países mais alfabetizados do mundo. mas que tipo de educação? kim promovia um intenso culto a personalidade dele, sem espaço para oposição. me amem ou morram. algo assim. até khadafi permitiu a existência de opositores (para criticá-los e mandar matá-los depois, claro).
nos anos 90, mais de 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome ou de consequências da fome. será que alguém no país culpou o poderoso kim jong-il?
se culpou, ninguém ficou sabendo.
e aquelas imagens de crianças chorando copiosamente, (aquilo, sim, foi ensaiado, afinal, crianças são imprevisíveis: nem a melhor professora de primário conseguiria ensaiar à perfeição, com tamanha coordenação).
enquanto isso, os norte-coreanos verdadeiramente choram. sinceramente? não sei.

domingo, 25 de dezembro de 2011

2012 !?!?!

a primavera mais longa de todos os tempos aconteceu em 2011. e falava árabe.
enquanto as redes sociais faziam pouco barulho por muito, um minuto de silêncio nos ipods por jobs, um braço levantado no ar, em protesto carinhoso pelo doutor (em dia de título do timão), ou minutos de perda de tempo e intolerância nas mesmas redes sociais com o câncer ex-presidencial alheio.
redes anti-sociais na china, síria, líbia, redes anti-democráticas nos eua por causa do wikileaks alheio.
indiscrições americanas que ninguém imaginou fossem parar nas redes sociais. o que cair nelas é peixe. preconceitos, bobagens ditas antes entre quatro paredes agora são ditas entre quatro cantos de tela espalhadas pelos quatro cantos do mundo.
mundo que é uma bola achatada nos polos (agora sem acento), e se o mundo é bola, não pode ter cantos, mas tem, coisa dessas incongruências tipicamente humanas.
gente condenada sem julgamento, gente julgada, culpada, condenada e solta. gente desculpada e liberada de punição no primeiro pedido de desculpas ou no primeiro aleluia, jesus! pronunciado em rede nacional.
redes sociais que perdoam tão rápido quanto condenam. redes sociais que exaltam, amplificam o que temos de pior. se de perto ninguém é normal, agora vemos todos de perto, virtualmente. a normalidade é ser hipócrita. diametralmente oposto a isso, há a bondade tipificada. a verdadeira luta do bem contra o mal. rasteira, superficial. como se fôssemos assim: ou do bem, ou do mal.
2011 se vai.
khadafis-gaddafis-kadhafis se foram, alguns ainda resistem, outros se escondem atrás das mídias e meios políticos e farsas econômicas.
a vida, às vezes, parece uma vela. se não acendermos, não queima. se queima, chegará ao fim. no fim, restará o cheiro de fumaça. um sinal de quem esteve no mundo.
que a minha marca seja o sorriso que arranquei naturalmente de todos os rostos das pessoas que conheci. um sorriso aumenta a vida útil da vela (que é a vida).
sorriam, redes sociais, anti-democráticas, anti-sociais, midiáticas, pessoais, culturais, hipócritas ou simplesmente redes anômimas. sorriam todos!
a gente precisa de mais tempo de vida
embora eu ache que precisemos de mais vida no tempo.