o instante do vento leve sobre os cabelos
a eternidade do beijo apaixonado
a fração do tempo no tempo de um abraço
as possibilidades do silêncio
a longevidade inesperada de um sorriso
as muitas vidas de um gato
a precisão do toque
o tempo é poema sem rima
remo sem canoa
caminhada sem rumo
vida longa aos preguiçosos
vida curta para a audácia
a vida está na raiz
longevidade é um ponto de vista
e a minha vista é míope
mas feliz
o motivo deste blog caleidoscópio: esculpido em carrara é uma homenagem àqueles que dizem uma coisa mas as pessoas entendem outra. não acredite em tudo o que lê e ouve. nem eu acredito em mim. pra ficar claro: caleidoscópio é o nome do blog porque eu quero dizer que meu blog tratará de diversos assuntos... não tem regras. só bom senso. acredito que perguntar ofende, mas acima de tudo, faz pensar. e é isso o que quero: pensar. (eu não uso maiúsculas no blog)
sábado, 16 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
gastronomia boleira
em palcos distintos, entram duas aves boleiras das terras tupiniquins.
uma, é o famoso pato que já teve molho tucupi... "enricou" e virou pato à milanesa. e ainda
ganhou requintes de pato à montmorency.
a outra ave também tem origem simples . um ganso à portuguesa, que todos achavam que um dia chegaria a foie gras. mas seu limite foi um assado de natal.
as duas aves vinham de asas quebradas. sob desconfiança dos olhares alheios.
o ganso grasnou: toque dali, daqui, algo assim: um suspiro de requintes passados. mas seu voo ficou no chão.
já o pato esperou, entrou, recebeu, ajeitou, bateu, bateu outra vez... e voou novamente.
migrou para os braços fiéis, como se fôra um pato do povo. pato com arroz e feijão. a plateia exultou.
e o ganso foie gras??
a plateia pagou pelo que viu: um ganso que bate asas e ainda não voa.
((aqui está o vídeo que entrou no sportscenter do dia 04/02))
uma, é o famoso pato que já teve molho tucupi... "enricou" e virou pato à milanesa. e ainda
ganhou requintes de pato à montmorency.
a outra ave também tem origem simples . um ganso à portuguesa, que todos achavam que um dia chegaria a foie gras. mas seu limite foi um assado de natal.
as duas aves vinham de asas quebradas. sob desconfiança dos olhares alheios.
o ganso grasnou: toque dali, daqui, algo assim: um suspiro de requintes passados. mas seu voo ficou no chão.
já o pato esperou, entrou, recebeu, ajeitou, bateu, bateu outra vez... e voou novamente.
migrou para os braços fiéis, como se fôra um pato do povo. pato com arroz e feijão. a plateia exultou.
e o ganso foie gras??
a plateia pagou pelo que viu: um ganso que bate asas e ainda não voa.
((aqui está o vídeo que entrou no sportscenter do dia 04/02))
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
crônica para a síria
dia a dia, os países
dão sinais de que a guerra na síria está longe de acabar: israel ataca damasco.
irã e rússia criticam o ato, mas fornecem armas ao regime. israel fica em
silêncio, e enquanto isso, americanos estão preocupados com a presença do hezbollah
no conflito.
a síria se
transformou num palco. os atores são tanques. sua fala é sempre a mesma. no
mesmo tom, para a mesma plateia.
daraya, sudoeste de
damasco, tem sido palco de violentos combates na síria entre rebeldes e
exército. um conflito aparentemente sem fim, sem tolerância, sem acordo.
seres invisíveis eram
os alvos dos tanques. não se tem certeza de que o vídeo é atual. ou se tem uma
semana, um dia, uma hora, um mês. nem importa mais. o tempo na síria não passa.
os escombros e a fumaça fazem parte permanente do cotidiano.
o cenário é branco. o
ar, irrespirável. a morte ronda as ruas da capital damasco. o país está se
desfazendo aos olhos do mundo, como já alertou o mediador brahimi, da onu.
são milhares de pessoas.
mais de 80 mil mortos.
outras dezenas de milhares sem saber se vivem ou se estão no
inferno. sobrevivem em acampamentos na jordânia, turquia e todos os vizinhos
solidários da síria.
a fome, o frio, as doenças, a falta de abrigo
decente são melhores do que estar na síria.
a discussão agora não
é sobre essas pessoas. o foco é outro.
é sobre o bombardeio de israel a damasco. por
que atacaram? porque acham que quando assad cair, armas químicas podem cair nas mãos do hezbollah. isso é o que tentavam destruir. mas os
aliados da síria, china, rússia e irã já reclamaram do ataque.
a guerra é uma
cortina de fumaça e um jogo de interesses.
a rússia e o irã, que é inimigo
mortal de israel, são os mais críticos ao bombardeio israelense a damasco. por
outro lado, fornecem secretamente armas ao regime de assad.
é o que pensa a
casa branca.
mediadores pedem o
fim da violência. rebeldes lutam. o exército luta. vizinhos abrigam. aliados dão
armas. não-aliados fazem discursos. israel ataca.
e a síria é apenas uma flor
solitária num temporal de ódio.
Assinar:
Postagens (Atom)