sábado, 16 de fevereiro de 2013

vida longa

o instante do vento leve sobre os cabelos
a eternidade do beijo apaixonado
a fração do tempo no tempo de um abraço

as possibilidades do silêncio

a longevidade inesperada de um sorriso
as muitas vidas de um gato
a precisão do toque

o tempo é poema sem rima
remo sem canoa
caminhada sem rumo

vida longa aos preguiçosos
vida curta para a audácia
a vida está na raiz
longevidade é um ponto de vista

e a minha vista é míope
mas feliz

chooju

Um comentário:

  1. Fabio! (a exclamação tenta passar a euforia ao fim da leitura, mas é incompetente). Muito rápido e fino o texto, muito feliz a escolha das palavras em prol do ritmo, muito musical. Poema delicioso, companheiro. Tô aqui também nesse sábado, como na sexta, na quinta, na quarta, talhando poemas. Mas os meus em pedra, os seus em pétalas. Prefiro pétalas, mas só tenho as pedras. Prazer em te ler. Grande abraço!

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