ela permite o ritmo poético de luz e sombra.
a curva é misteriosa, porque não se vê o fim enquanto não se termina de percorrer a
última linha ondulada.
as retas que me desculpem, mas a
curva é fundamental.
a vida é um sopro.
dura um minuto.
e um minuto é demasiado curto.
a arte é eterna.
a obra humana
dura para sempre porque fica na memória das pessoas.
não é apenas concreto.
a
pedra, o metal, a argamassa não duram mais do que a alma e o coração dele, que
desenhou a vida numa curva.
a objetividade é
reta.
e a retidão é qualidade admirável.
será mesmo, caro mestre?
mas os retos de
atitude são previsíveis. os curvilíneos, não.
os monumentos estão aí para
mostrar.
eles seduzem com a sua sinuosidade.
o olhar inesperado.
esse jeito de
ver o mundo na forma de conduzir a ponta do lápis.
o planeta é um círculo,
uma curva que se encontra.
as mãos, o coração também têm curvas.
o sentimento
humano é feito de estradas tortas e intrépidas.
que é a vida? um frenesi, uma
ilusão?
responda, meu caro niemeyer.
seria uma sombra, o reflexo da curva,
talvez.
a vida começa
e termina em um sopro.
e até a brisa quente
do vento da vida, caminha em curvas imprevisíveis.
((clique aqui e assista à crônica que fiz para o jornal conectado da mega tv. material editado pela aninha e na voz do jorge))
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