a luta pode ser solitária. pode ser através de um grito,
um canto, um sussurro. a arte a serviço do protesto, ou militância política
pela paz. há inúmeras mulheres que não são famosas, nem ganharam prêmio nobel.
mas não têm medo de soltar a voz contra a injustiça. elas são ativistas.
estão de branco. pela paz, pela pureza.
pela reunião de todas as cores. elas protestam. pelos filhos desaparecidos. ou
contra as guerras e crises.
contra a desigualdade social, sexual, cultural,
religiosa. as ativistas são mulheres, mães, militantes e guerreiras.
resistem à opressão dos homens, das leis que segregam
suas vidas e as de seu povo.
suas vozes gritam nos países onde o silêncio é uma
ordem.
irã, bahrein, costa do marfim, egito, bangladesh e
afeganistão.
seus protestos aparecem onde a mulher é só uma
mulher. na índia, o maior problema é ser pobre. as duas coisas - pobre e mulher
- são quase o mesmo que não ser nada. contra isso, também, elas
soltam a voz.
na grécia, país sem dinheiro, no fundo do poço de
uma crise sem fim, alguém vai cuidar dos que não têm mais cuidados. são elas.
sabedoras do seu destino de resistência à recessão, elas protestam. não aceitam
a conta do abismo econômico provocado pelos outros.
em
qualquer lugar, idioma ou religião. há problemas iguais. e as costas que
levarão o fardo são sempre as mesmas.
mercedes sosa
era a voz da américa latina. dos povos oprimidos, dos camponeses. a voz que
unia todos os países com seu canto pela liberdade e pela afirmação do
latino-americano.
a argentina mercedes sosa nos deixou em 2009. sem
ser política, foi mais do que isso. ativista em sua arte. artista em sua vida.
marcou gerações. dona da voz e da mensagem.
toda e qualquer homenagem às artes solidárias e ativistas
precisam terminar com ela:
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