ninguém nem nada sabe o começo ou o fim. se há se haverá se houve ou se houvera. do meio sabemos porque estamos nele
o big
bang é o começo deste universo. os
outros versos mais do que diversos eram poliversos.
e
todos tiveram o mesmo re-fim e recomeço: expandiram-se
e comprimiram-se e comprimiram-se e expandiram-se
e a
cada nova compressão uma nova explosão que deu origem a uma nova expansão.
numa
dessas idas e vindas - nascemos... e ainda
novos – expandimos
até o
dia em que tudo se comprimirá, renascemorreremos
novamente. em
que ano real devemos estar agora?
talvez
no ano inimaginável de duzentos trilhões e trinta bilhões e uns
quebradinhos.
será
que estamos repetindo os mesmos erros dos universos anteriores, ou os
estamos corrigindo –
e se for este o caso, significaria que antes bem antes éramos muito piores?
o que
sei é que os universos mortos revivos remortos se cruzam
porque
tenho certeza de já tê-la visto – você - umas setecentas milhões de vezes.
em
setecentos milhões de reversos únicos paralelos
em
setecentas revidas revividas vezes. e em
todas elas e em todos os poliversos
eu me
apaixonei por você. assim
sem explicação sem lógica parábola história ou fábula.
me
apaixonei sem teses e sem saber se eu existiria, existencial
ou virtual
mas
que se não existisse, não vivesse, não morresse, se eu não fosse,
ou
qualquer coisa remotamente humana de mim não pudesse ser
mesmo
assim
todos
os meus setecentos sonhos, delírios ou premonições com tua imagem
e
todas as vezes em que te senti foi e
foram como se tudo estivesse justificado
uma
prova global espiral ou eclíptica de que sou porque você é
e
somos porque tudo está. não
entendeu? nem eu – mas é estranho
porque
no fundo temos a misteriosa impressão de
que entendemos... tudo
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