eu ficaria mas tenho de ir. o dia chega, o sol aparece, o teu abraço cai, a janela se abre, o calor se vai...
tenho de ir-me porque eu ficaria. a ti eu veria seminua, declamaria bocage, cuja alma de poeta flutua em versos ardentes e dentes cravados numa pele perfumada como a tua...
a tarde passa, o sol pesa, o teu abraço fica, a janela se quebra, o calor não volta. eu iria ficar, mas tento ir. eu queria ficar, mas tenho de rir-me porque sempre a lua surge logo depois. porque é noite e a noite chega depressa como teu beijo risonho e graça... de graça... ou gracioso e riso... de risada...
vem o abraço, o calor, a janela e o não-sol. meu cansaço diz que eu iria mas preciso ficar. preciso adeus. só estou des pedindo pra ficar.
o motivo deste blog caleidoscópio: esculpido em carrara é uma homenagem àqueles que dizem uma coisa mas as pessoas entendem outra. não acredite em tudo o que lê e ouve. nem eu acredito em mim. pra ficar claro: caleidoscópio é o nome do blog porque eu quero dizer que meu blog tratará de diversos assuntos... não tem regras. só bom senso. acredito que perguntar ofende, mas acima de tudo, faz pensar. e é isso o que quero: pensar. (eu não uso maiúsculas no blog)
muito bom, Fabio. Carapuça fácil de se vestir, a qualquer um que leia; a um tempo qualquer da vida, ou vários.
ResponderExcluirAndre Argolo/.
Que lindo Fabio! Uma delicia os seus poemas!
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