sábado, 8 de setembro de 2012

ó do mundo


o rato morto conversa com as luzes da noite
o açoite rasga o coração do velho verso da rua

e a lua?

o sol aprendeu a sorrir
porque ir e vir é um desafio
um fio que desenrola o destino da gente
semente que dá e tira
floresce dela também a ira - crua
cruz de tanta gente

e a lua?

um silvo de pássaros à capela
denuncia a solidão afro do céu
enquanto no asfalto groove
cidadãos vivendo numa garrafa
à espera da próxima onda

o ó do mundo que ri de si
e a lua?

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